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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Nossa Senhora da Boa Viagem

Nossa Senhora da Boa Viagem é uma devoção mariana (hiperdulia) da Igreja Católica comum em Portugal e no Brasil, para onde foi levada homens do mar.

Ermidas e capelas foram levantadas em honra de Nossa Senhora com este título.

Algumas delas se transformaram em santuários que recebiam a visita de um grande número de devotos.


Os portugueses sempre foram devotos de Nossa Senhora da Boa Viagem, tanto que o mais antigo Santuário dedicado à Nossa Senhora da Boa Viagem fica localizado a duas léguas de Lisboa.


Na vila de Ericeira, Portugal, todos os anos, desde 1947, do dia 15 a 18 de agosto, a Senhora da Boa Viagem é homenageada com bailes, espetáculos, procissões e missa campal.


Tradicional festa de pescadores, conta com uma grande comissão organizadora onde todos os anos o mar e a praia são abençoados. Os navegadores costumavam levar uma imagem da santa em suas embarcações para que tivessem êxito nas suas empreitadas.




A devoção em Minas Gerais - Brasil foi oficializada pelo papa Pio XII como padroeira de Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais, a pedido do cardeal Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Mota.


No ano de 1706, Francisco Homem Del Rey e Luís de Figueiredo Monterroyo chegava ao Brasil a procura das Minas de Ouro, mais especificamente a Mina de Cata Branca localizada proxima ao Pico do Itaubira do Rio de Janeiro.
Em 1709, chegaram a região da Mina de Cata Branca onde fundaram o povoado denominado Itaubira do Rio de Janeiro de Nossa Senhora da Boa Viagem e la construiram uma capela em Homenagem a Nossa Senhora da Boa Viagem, pois em sua Nal ja tinham trago de Portugal além do retabulo todo o material liturgico da futura Paroquia de Nossa Senhora da Boa Viagem de Itabirito.


Em 1742, a capela de Nossa Senhora da Boa Viagem foi elevada a Paroquia.


No fim do século XVIII, criou-se o pequeno povoado de Curral Del Rey, em Minas Gerais. Por aqueles tempos, ele contava com 30 a 40 casas cobertas de sapé e pindoba, entre as quais se ergueu uma capelinha tosca, de igual cobertura, situada à margem do córrego Acaba Mundo.
Ela tinha à sua frente um cruzeiro e ao lado um rancho de tropas. Essa capelinha ficou desde o início sob a invocação de Nossa Senhora da Boa Viagem, santa de predileção dos bandeirantes e forasteiros, em virtude das condições de vida nômade que levavam. Essa capela foi destruída e em seu lugar, foi erguida a atual Catedral da Boa Viagem.



O nome da padroeira de Curral Del Rey, portanto, segundo a velha tradição, significava ser ela a protetora do local de onde a cada momento partiam, para destinos diversos, boiadeiros, mascates e forasteiros de toda sorte. Significava, enfim, os votos de "boa viagem" que faziam os da terra pelo bom êxito da jornada dos que partiam.


Todos os anos em Belo Horizonte é realizada a Procissão Luminosa que reúne milhares de fiéis. Partindo da praça Rio Branco (Rodoviária) ela percorre a avenida Afonso Pena até a Catedral (rua Sergipe com rua Alagoas), onde é celebrada a missa solene

Os portugueses, grandes desbravadores dos oceanos, em sua devoção à Virgem não poderiam deixar de invocá-la em suas arriscadas viagens. Assim, deram-lhe o título de "Nossa Senhora da Boa Viagem", desde tempos imemoriais. Entretanto, a primeira igreja erigida em terras lusitanas sob esta invocação deu-se no ano de 1618, perto de Lisboa.



No Brasil o culto a Nossa Senhora da Boa Viagem passou primeiramente pela Bahia, onde foi construída uma pequena igreja junto à praia. Em Pernambuco, por volta de 1707, o Pe. Leandro Carmelo construiu uma capela, também junto à praia. Providenciou a confecção de uma imagem da Mãe de Deus que foi colocada sobre o altar-mor do templo, em torno do qual surgiu o famoso bairro da Boa Viagem, ponto turístico da capital pernambucana.


Ainda no século XVIII, foi construída, na baía de Guanabara, uma capela no alto da península junto a Niterói. Para custear as despesas do culto instituiu-se uma irmandade de pescadores e homens do mar. Todas as embarcações que aportavam ao Rio de Janeiro pagavam de boa vontade uma quantia para a manutenção do templo. Esta capela foi destruída por um incêndio em 1860 e reconstruída pela Sociedade Protetora dos Homens do Mar.


A devoção também aportou em locais afastados do litoral brasileiro. Por algo que só mesmo a Providência Divina pode explicar, a padroeira de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, é Nossa Senhora da Boa Viagem. O historiador Augusto de Lima Jr. conta que, como era costume, em meio a uma esquadra lusitana que chegou ao Rio de Janeiro em 1709 encontrava-se a nau Nossa Senhora da Boa Viagem. Seu comandante, não tendo condições de prosseguir viagem, pediu dispensa da Marinha Real e com alguns companheiros embrenhou-se nos sertões de Cataguás em busca de ouro. Entre os seus sequazes estava o piloto Francisco Homem del-Rei, que antes de arriscar-se no interior de Minas Gerais, retirou do navio abandonado o nicho com a imagem da Virgem da Boa Viagem e a levou como sua protetora.
Os aventureiros encontraram bastante ouro e se enriqueceram. Francisco del-Rei adquiriu terras no cerro de Congonhas, águas vertentes de um curral, isto é, fazenda de gado, que abastecia os mineradores da região. O antigo piloto aí construiu uma ermida em honra da Senhora da Boa Viagem, sua padroeira.
Essa capela foi destruída e em seu lugar, em 1905 ergueram a mais igreja antiga da cidade de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. Em estilo neogótico, abriga vitrais de grande beleza. O altar-mor é trabalhado em mármore carrara.


A propósito dessa Catedral, circula ainda uma lenda, que foi recolhida pelo estudioso do folclore Saul Martins. A lenda, se não desmente a história que se conta como verdadeira, serve para completá-la: "no começo do séc. XVII um português, acompanhado pôr três escravos de confiança, levava no lombo de dois burros, 15 arrobas ( aproximadamente 200 Kg ) de ouro em barras moedas e jóias. Ele foi perseguido por ladrões, quando passava pelo povoado de Curral d’El Rey. Para escapar do bando, ele resolveu enterrar a fortuna num tacho de cobre a 81 passos, em linha reta, contados da entrada principal da capela, em direção ao pico mais alto, à vista, da serra que deu o nome ao arraial. Vendo que não teria como escapar dos ladrões, o português mandou que um dos escravos levasse um mapa do tesouro para sua esposa em Caeté. Segundo a lenda, o português e os dois escravos foram mortos e o tesouro continua até hoje pôr lá. A antiga capela é hoje a Catedral de Boa Viagem!"


Nossa Senhora da Boa Viagem é também venerada na cidade de São Bernardo do Campo (SP), na paróquia com o mesmo nome, criada no dia 21 de outubro de 1812, quando desmembrou-se da freguesia da Sé. Em 1813, o governo adquiriu terras de um certo Sr. Manoel Rodrigues de Barros para criação do novo povoado e edificação do novo templo. Havia naquela época, na freguesia, 1.423 habitantes e 218 habitações, mas ainda não havia sido construída a igreja. Apesar das tentativas do Pe. José Basílio, somente em agosto de 1814 é enviado à freguesia o Tenente Coronel Engenheiro da Corte, Pedro Muller. Ele constatou que tanto a capela estava sem condições, como o local era impróprio para fundar um povoado. Escolheram um local mais aprazível, distante dali por uns 600 pés, cortado pela estrada geral, atual Avenida Marechal Deodoro. Possivelmente o início da construção tenha ocorrido entre 1815 e 1818. Presume-se que sua conclusão só tenha ocorrido por volta de 1848. Segundo consta, desde de sua criação, ela já recebeu a denominação de Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem.


Em Portugal, mais precisamente na vila de Ericeira, todos os anos, nos dias 15 a 18 de agosto, desde 1947, a Senhora da Boa Viagem é homenageada com bailes, espetáculos, fanfarras, procissões, missa campal. É uma festa dos pescadores que todos os anos conta com uma comissão organizadora. Todos os anos o mar e a praia são abençoados.





Fonte: http://rezairezairezai.blogspot.com

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